Rose Oliveira é gerente administrativa do Grupo Binário.
Rose Oliveira é gerente administrativa do Grupo Binário.

Na história recente das redes sociais, o Brasil tem despontado como campeão nos índices levando em conta o número de usuários. Em uma pesquisa realizada no ano passado, o Ibope/YouPix apontou que 92% dos jovens do país que acessaram a internet usaram as redes sociais. Mesmo quando se leva em conta o total de pessoas que navegam na rede, de todas as idades, 78% acessam algum tipo de rede social.

O grande dilema das redes sociais surge quando o assunto envolve o ambiente corporativo: liberar ou proibir o uso das redes sociais? E quando a própria empresa faz parte desses canais, como proceder para que haja interação de seus funcionários com esta plataforma sem perder a produtividade?

O assunto é tão complexo que virou tema de várias pesquisas pelo mundo. Uma delas, realizada pela KPMG e denominada “How businesses are making the most of social media”, mostrou que participar de redes sociais tornou-se imperativo do negócio, visto que mais de 70% das organizações são ativas nestes canais, mas, ainda estão descobrindo os benefícios e riscos que isso pode trazer.

Boa parte das companhias que estão nas redes sociais visam um melhor relacionamento e proximidade com os seus clientes, mas enxergam como problema, principalmente (de novo) por queda na produtividade, o acesso das redes pelos funcionários e chegam a proibir o acesso do funcionário à internet.

Isso não é uma boa ideia e também não diminui os riscos da organização. É utópico pensar que a restrição nos computadores corporativos evitará acessos não desejados, pois a conexão à internet se dá por vários meios. Dispositivos móveis, que se proliferam e só em 2013 venderam 35,6 milhões de unidades no Brasil, segundo a IDC, e até mesmo a tecnologia disponibilizada pela empresa, por meio de métodos “burladores de regras” pouco seguros.

Em outras palavras, restringir acessos pode até evitar a dispersão da atenção dos funcionários, mas também os exclui de uma realidade mundial baseada em conexão entre pessoas e acontecimentos em tempo real, além de abrir brechas para a segurança da rede corporativa.

Permitir que os funcionários naveguem pela Internet e tenham momentos de descontração pode trazer benefícios ao processo de trabalho, pois esses são momentos que podem levar o colaborador a espairecer as ideias, “turbinar” a mente, além de possibilitar “insights”interessantes para as suas atividades.

Sendo assim, o problema não está na questão de liberar ou não, mas em criar políticas de segurança e trabalhar junto aos colaboradores em uma cultura de bom senso de uso. Ajude a definir prioridades, delegar as atividades e focar em resultados.

Buscar tecnologias de proteção e gerenciamento de acesso da rede e dados corporativos, adotar ferramentas que permitam gerir políticas de segurança personalizadas por perfil ou departamento também são boas alternativas.

Acompanhar tendências não significa perder o controle dos processos, nem abrir espaço para vulnerabilidades. O mercado de tecnologia está preparado para dar respaldo às empresas, basta analisar as necessidades e adequá-las às melhores ofertas.
Só não é admissível uma companhia perder competitividade por estar fora do contexto corporativo e social.

Fontes: http://abr.ai/1cqrUvK

http://bit.ly/1o323kk

http://bit.ly/1ftAC0A

http://bit.ly/1pN7Mt0