Edson Cardoso é gerente de pré-vendas do Grupo Binário
Edson Cardoso é gerente de pré-vendas do Grupo Binário

O mercado de Big Data movimentará cerca de R$ 47 bilhões em 2018, conforme estudo da Bain & Company. Tal explosão será motivada principalmente pela crescente percepção dos executivos quanto ao potencial trazido por ferramentas desta linha como, por exemplo, a capacidade de garantir tomadas de decisões até cinco vezes mais rápidas.

Mesmo assim, ainda há muitas dúvidas rondando o universo Big Data. Algumas delas, a confusão deste tipo de solução com outras a que o mercado já está habituado, como o BI e o CRM.

Em primeiro lugar, o CRM é um tipo de software para análise do comportamento e relacionamento com clientes. Por meio dessa ferramenta, é possível receber informações, conhecer dúvidas, fornecer respostas, criando um banco de dados que permite conhecer o perfil do público atendido, com a possibilidade de fazê-lo por regiões de atuação, ramo de vendas, horários de frequência e compra, entre muitos outros.

O Big Data, por sua vez é bem mais abrangente do que isso. Esta tecnologia engloba ferramentas que permitem interagir e coletar dados coletados das mais diversas fontes como do próprio CRM, do sistema de banco de dados, de softwares de gestão financeiros e de RH, até mesmo de redes sociais. É você quem define que dados quer colher, sobre quem ou qual área e, principalmente, que análises deseja para nortear suas principais decisões.

Ou seja, o Big Data não invalida o CRM. Na verdade, o melhor dos mundos conjuga estas ferramentas e, se o porte e a capacidade de investimento da empresa justificar, a aquisição e integração de ambas é muito válida. Com isso, a compreensão do consumidor e estará aliada ao entendimento dos fornecedores e dos mais diversos dados internos do negócio, possibilitando ações assertivas e decisões ágeis que se convertam em novas oportunidades, além de reduzir a possibilidade de impactos negativos no contato com o cliente.

No caso do BI, a diferença mais básica reside em que o BI geralmente entrega análise de informações passadas, que são extraídas do local de origem, analisadas e entregues em dashboards para que profissionais as interpretem e tomem suas decisões.

Já o Big Data vai além, com recursos que permitem, com a própria tecnologia, interpretar cenários e fazer projeções. Assim, será mais fácil antecipar possíveis oportunidades, comportamentos e problemas, o que torna a vida corporativa bastante mais fácil.

Uma boa dica para facilitar a diferenciação do Big Data de outras soluções potencialmente similares é avaliar os famosos 5 Vs. Para que seja considerado Big Data é necessário ter uma resposta positiva para os Vs.

Conte o Volume de dados analisado (se for enorme, é Big Data), a Variedade das informações (se vierem de diversas fontes, enriquecidas com variações analíticas das operações, também é), Velocidade de análise e entrega (porque o Big Data avalia, além de dados parados em cadastros e tabelas, aqueles em movimento, como os das redes sociais e ferramentas interativas), Veracidade do conteúdo colhido e analisado (confiança é uma palavra chave) e o Valor (porque a análise tem que refletir em geração de oportunidades, retenção de clientes, mais produtividade e eficiência operacional, entre outros benefícios, ou então não tem sentido).

Se reunir estes 5 Vs, é Big Data. É claro que alguns deles transitam também pelo CRM e pelo BI, e é por isso que se recomenda, sempre que possível, a convivência integrada das soluções. Afinal, inovar e se alinhar às tendências mais atuais e assertivas da TIC não precisa significar perder os investimentos legados.

Fontes:

http://goo.gl/nVAfKY

http://goo.gl/eLBYnB

http://goo.gl/QFR8SW