Sergio Humberto Marques é gerente de logística do Grupo Binário

As tecnologias de comunicação implantadas nas empresas, aliadas à sofisticação dos equipamentos comercializados (smartphones, tablets, ultrabooks, etc), faz com que as pessoas trabalhem cada vez mais. Atualmente, podemos passar mais tempo trabalhando remotamente, em “home office”, e diminuir o estresse causado pelo deslocamento no trânsito caótico das grandes cidades. O que ocorre no fim é que, por termos as facilidades de conexão permanente, trabalhamos mais e mais a cada dia.

As empresas demandam que os seus funcionários-chave fiquem cada vez mais disponíveis e sempre prontos para atender a qualquer necessidade. Fica a dúvida aqui: até onde os executivos devem corresponder a estes requisitos da empresa? Deveriam ainda se preocupar em separar o tempo trabalhado, sem deixar que as atividades profissionais realizadas fora do ambiente corporativo interferiram na sua vida pessoal pois, como vemos frequentemente, em qualquer tempo ocioso, estas pessoas “comprometidas” estão lendo e respondendo e-mails, consultando cotações de bolsa ou acessando remotamente seus sistemas empresariais. Nessa hora, a vida pessoal está relegada ao segundo plano. Até que ponto a atenção que deve ser dada à família dessas pessoas nas horas de lazer, pode ser posta de lado durante essas atividades “extras”? Sabemos que não há bônus sem o correspondente ônus, mas de qualquer maneira, bom senso e inteligência devem prevalecer nesses momentos.