Sergio Humberto Marques é gerente de logística do Grupo Binário

Parece que agora a Receita Federal vai começar a colocar pressão nos contraventores. Iniciou-se, no mês de março, a operação “Maré Vermelha” que pretende dar um “aperto” nas empresas importadoras que trabalham irregularmente e, através de operações ilícitas, prejudicam o mercado nacional e as outras empresas que importam os mesmos produtos dentro da lei. Essa operação aumenta o índice de cargas sujeitas à conferência física nos portos e aeroportos e já vem surtindo alguns efeitos, como o aumento do preço médio declarado de alguns produtos importados nas declarações de importação.

Por outro lado, a parte ruim disto, é que todos os importadores que trabalham dentro da mais estrita regularidade, estão sofrendo com atrasos fora da normalidade nas liberações de suas cargas devido a este “aperto” de fiscalização, já que a Receita Federal não tem contingente suficiente para dar vazão à todas as Declarações de Importação que agora estão sujeitas à fiscalização.

Esperamos que essa operação não seja mais um “fogo de palha” que começa e acaba rápido. Se for bem orquestrada, a operação pode acarretar em uma “limpeza” dessas empresas contraventoras, trazendo muitos benefícios para o país e para quem trabalha corretamente.
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