Renata Natali é do suporte de pré-vendas do Grupo Binário
Renata Natali é do suporte de pré-vendas do Grupo Binário

No mundo, as aquisições de linhas da tecnologia de 4G já ultrapassaram os 498 milhões. Na América Latina, os números chegam a poucos mais de 12 milhões, sendo que 6,765 milhões – mais da metade do total – se concentram no Brasil. Apesar do aumento de 488% nas linhas de tecnologia de quarta geração, os países latino-americanos ainda possuem uma porção ínfima do mercado mundial.

Lá em 2013, a presidente Dilma disse que implantaria a tecnologia 4G no país antes da Copa do Mundo. Já estamos em abril de 2015 e isso ainda está longe de se concretizar. Mas calma, o cenário não é dos piores: temos, sim, vários problemas e a infraestrutura de 4G ainda é incipiente, mas nossa internet móvel de quarta geração é mais rápida do que a de países com a tecnologia já estabelecida, como Estados Unidos e Japão, segundo um estudo da OpenSignal referente a novembro de 2014 e janeiro de 2015.

Mesmo assim, enquanto no mundo o 4G é realidade e já ultrapassou o número de linhas 3G, por aqui mal o 3G superou o 2G, e com placar apertado: 51% a 49%.

É, não deu para atingir o cenário proposto em 2013. Temos uma nova previsão, agora para 2018: o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, em discurso no Congresso, disse que a meta é que em três anos o 4G, hoje presente em 52 cidades, chegue a mais de mil municípios. O desafio é fazer que os brasileiros que ainda usam 2G migrem para o 3G ou pulem direto para o 4G.

Como fazer isso? A palavra inicial é “infraestrutura”. E isso envolve investimentos de duas frentes, do governo e das empresas de telecomunicações.

Para as telcos, há o problema de que a frequência de 4G se propaga menos do que frequências mais baixas, o que demanda investimentos mais altos em infraestrutura. E se o custo sobe, o interesse cai – veja os adiamentos seguidos de leilões de frequências de 4G que já tivemos nos últimos anos.

Fora que o próprio 3G não funciona da melhor forma possível em todo o país, com o que as operadoras ainda nem capitalizaram o suficiente sobre a tecnologia que já se torna ultrapassada.

Difícil ou não, a transição terá de ser feita. Ou a promessa de um 4G com velocidades assombrosas e baixas latências, como o dos asiáticos e europeus, continuará… Bem, uma promessa.