Você sabe o que são cidades inteligentes? As cidades do mundo estão crescendo implacavelmente. Desde o século XIX, existe um fluxo constante de pessoas das áreas rurais para os centros urbanos do mundo.

De acordo com a ONU, o percentual global da população urbana era de aproximadamente 30% em 1950 e ultrapassou a marca de 50% em 2008. A previsão é que em 2050 esse número chegue a 66% nos países em desenvolvimento e a 86% no primeiro mundo.

Isso coloca uma enorme pressão no tecido das cidades. A infraestrutura urbana, incluindo serviços públicos, transportes, serviços ambientais e habitação, é muitas vezes sobrecarregada e sub-mantida.

Essas preocupações afetam todas as cidades e não podem mais ser abordadas usando a metodologia tradicional de jogar mais dinheiro no problema ou abrir um novo departamento no município para lidar com o desafio. Deve ser adotado um método novo e inteligente de gestão urbana.

Ao longo dos últimos anos, surgiu um conceito muito importante, mas ainda pouco discutido, para ajudar a aliviar estas e outras questões relacionadas: as cidades inteligentes.

O que são as cidades inteligentes?

Uma cidade inteligente engloba uma visão de desenvolvimento urbano que enfatiza o uso da tecnologia e a gestão inteligente dos recursos da cidade com o propósito de resolver desafios urbanos.

À medida que as tecnologias emergentes continuam a se desenvolver, surgem mais oportunidades para as cidades alavancarem novos processos tecnológicos e fontes de dados para infraestrutura pública nova e existente.

Da energia ao transporte, a atualização da infraestrutura continuará a ser um fator-chave na capacidade de uma cidade realizar uma visão de cidade inteligente.

Segundo uma pesquisa da Universidade McKinsey, a indústria das cidades inteligentes, cuja infraestrutura é a base, está projetada para se tornar um mercado de US $ 400 bilhões até 2020, com 600 cidades em todo o mundo que devem gerar 60% do PIB mundial até 2025.

Qual a inovação utilizada pelas cidades inteligentes?

As cidades inteligentes colocam os dados e a tecnologia digital trabalhando juntos para tomar melhores decisões e melhorar a qualidade de vida.

Dados mais abrangentes e em tempo real proporcionam às agências a capacidade de observar os eventos à medida que se desdobram, entender como os padrões de demanda estão mudando e responder com soluções mais rápidas e de menor custo.

Três camadas trabalham juntas para fazer uma cidade inteligente funcionar. A primeira é a base tecnológica, que inclui uma massa crítica de Smartphones e sensores conectados por redes de comunicação de alta velocidade.

A segunda camada consiste em aplicativos específicos. A tradução de dados brutos em alertas, insights e ações exige as ferramentas certas, e é aí que entram os fornecedores de tecnologia e os desenvolvedores de aplicativos.

A terceira camada é usada por cidades, empresas e pelo público. Muitas aplicações só são bem sucedidas se forem amplamente adotadas e conseguirem mudar o comportamento.

Eles incentivam as pessoas a usar o transporte fora do horário de trabalho, a mudar de rota, a usar menos energia e água e a fazê-lo em diferentes momentos do dia, e a reduzir as tensões no sistema de saúde por meio do autocuidado preventivo.

Qual o papel da infraestrutura de TI nesse processo?

O Centro de Inteligência de Infraestrutura e Construção da Universidade de Cambridge publicou um documento descrevendo a oportunidade da infraestrutura de hoje para aproveitar melhor os dados e a tecnologia.

O documento divide a infraestrutura em física e digital, descreve os benefícios da infraestrutura inteligente e destaca cinco prioridades-chave neste espaço: o business case para investimento digital, desenvolvimento de uma linguagem comum para compartilhamento de informações, qualidade de dados, liderança e governança e segurança.

O Conselho Económico e Social das Nações Unidas divulgou um relatório sobre infraestruturas e cidades inteligentes, que abrange as principais tendências de urbanização, os principais componentes da infraestrutura inteligente e os desafios relacionados, incluindo localização, lacunas de competências e falta de financiamento.

Nos dois relatórios é possível ver que a Internet das Coisas (IoT) e o Big Data são das tecnologias emergentes mais importantes usadas para atender às necessidades de infraestrutura. É a partir delas — e da infraestrutura que as suporta — que as cidades poderão começar a pensar em casos de uso para sensores conectados.

Algumas cidades estão iniciando suas transformações em cidades inteligentes com vantagens inerentes, como riqueza, densidade e a existência de indústrias de alta tecnologia por perto.

Mas mesmo lugares que não possuem esses ingredientes podem se destacar com boa visão, administração e disposição de romper com as formas convencionais de fazer as coisas.

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