Edson Cardoso é gerente de pré-vendas do Grupo Binário

O novo protocolo para gerenciamento de tráfego está pronto para ser testado. Sob os olhares e cuidados de uma nova organização, a Open Flow Foundation, o protocolo de roteamento OpenFlow é capaz de dar aos administradores de rede um controle sem precedentes sobre a forma que as redes operam.

O protocolo OpenFlow habilita o conceito SDN (Software-Defined-Networking), que na prática vai permitir que os administradores possam definir fluxos de dados e determinar quais caminhos esses fluxos devem percorrer independente do hardware em si. Nos últimos meses, esse conceito foi referendado por uma grande quantidade de fabricantes que formaram o Open Networking Foundation para dar visibilidade ao protocolo.

Openflow é o projeto Open Source, que foi criado e desenvolvido nos últimos seis anos por pesquisas realizadas pela Stanford University e University of California em Berkeley, e tem como base a ideia de se controlar como o tráfego flui dentro da rede. A ideia é tirar o controle do tráfego dos ativos da rede, switches e routers e transferir esse controle para o administrador da rede, usuários ou até aplicações. Essa habilidade permitiria aos usuários definir políticas de tráfego com a melhor banda disponível, menor latência ou sem congestionamento.

O conceito é relativamente simples, toda a informação do fluxo de dados fica num servidor centralizado cabendo aos switches e routers a função de enviar os pacotes. A comunicação entre os equipamentos e o controlador é feito pelo protocolo OpenFlow conforme o diagrama:

Como exemplo, os usuários podem programar os switches para conservar energia desabilitando links sem uso e desligar portas que não estão sendo usadas.

O OpenFlow já tem várias empresas engajadas, dentre elas está Deutsche Telekom, Facebook, Google, Microsoft, Verizon, Yahoo, Cisco, Brocade, Juniper Networks, HP, Broadcom, Ciena, Riverbed Technology, Force10, Citrix, Dell, Ericsson, IBM, Marvell, NEC, Netgear, NTT e VMware.