Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.
Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.

Mesmo que tenha crescido mais que a média da economia brasileira em 2014, o setor de TIC apresentou números inferiores aos conquistados em 2013. Segundo o estudo da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), o mercado no Brasil cresceu 6,7%, menos da metade do ano anterior, que chegou aos 15%.

Muitas são as razões: retração econômica, alta do dólar, empresariado mais cauteloso quanto a investimentos, entre outras. Mas, já há algum tempo, está provado que o setor é fundamental, tanto em momentos de crise, quanto nos de desenvolvimento.

2014 foi ano de Copa do Mundo. Com isso, muitos investimentos em tecnologia, principalmente por parte das telecomunicações, foram realizados no primeiro semestre. Já no segundo semestre, houve uma desaceleração natural do ritmo instigado pelo evento.

De acordo com estudo elaborado pelo IDC, só em hardware os investimentos no ano passado somaram US$ 34,8 bilhões. Com serviços, foram gastos US$ 14 bilhões e outros US$ 11,2 bilhões foram destinados a software. Ou seja, antena ligada nestes setores, que mantiveram aportes e continuam em alta este ano.

Só que a oferta dos três segmentos é grande e, para garantir que os investimentos venham para você, o desafio será inovar e criar novos meios de melhor atender à demanda. É bom lembrar que mesmo em cenários conturbados a aposta em soluções de tecnologia deve nortear o planejamento das empresas, e se o seu atendimento focar esta abordagem e suas ferramentas entregarem realmente a resolução que o cliente precisa com o custo e ROI que cabem para o negócio dele, você será o fornecedor vencedor, sem dúvida.

Mantra objetivo do ano: a busca por maior produtividade a baixo custo cria oportunidades.

E dentro disso há sempre aquele leque de soluções caindo de maduras, como a o cloud computing que, de acordo com a IDC, será responsável por movimentar US$ 118 bilhões em 2015. Nem por isso, os sistemas tradicionais de armazenamento e servidores ficarão para trás: o Gartner prevê que os gastos com estas áreas somarão US$ 143 bilhões, representando um aumento de 1,8% em comparação a 2014.

Os softwares corporativos ficarão com aportes 5,5% maiores do que em 2014, chegando aos US$ 335 bilhões.

Big Data e Analytics já estão consolidados. Segundo a IDC, elas podem responder por US$ 125 bilhões ao longo do ano. Terão destaque projetos de big data com soluções de analytics rich-media (imagem, áudio e vídeo). Soluções de BI interativas e que facilitem tomadas de decisão também seguem figurando entre os queridinhos do mercado.

E com todos estes indicadores, falta só um para completar a engrenagem que fará girar a roda dos investimentos em TIC: pessoas. Segundo a Brasscom, a contratação de profissionais de TI deve ter um aumento de 30% até 2016, em um mercado que já emprega 1,3 milhão de pessoas.

A Associação recomenda fortemente que, para manter os clientes investindo, os fornecedores se dediquem à qualificação de suas equipes. Os times de atendimento, vendas, serviços, suporte devem estar tão atentos a entender a demanda específica de cada cliente quanto a direção da empresa. Com este alinhamento, sua fatia do bolo de investimentos estará garantida. Bom proveito.

Fontes:
http://goo.gl/8SybQG
http://goo.gl/7LIW38
http://goo.gl/SepsQ0
http://goo.gl/l2UYRX