O termo computação em nuvem já é uma tendência há algum tempo. Você provavelmente já encontrou e leu alguns artigos na internet que falavam sobre a nuvem. Mas você entendeu mesmo sobre o que eles estavam se referindo? Ou você ainda fica confuso ao ouvir esse termo?

O conceito de computação como serviço — que é a base da nuvem como a conhecemos hoje — existe desde a década de 1960. No entanto, o termo computação em nuvem começou a ser usado somente no início dos anos 2000, quando começou a se popularizar e ganhar a forma que domina o mercado hoje. 

Mas que forma é essa? Neste guia para iniciantes, cobriremos todas as informações como história, características, vantagens, desvantagens e tipos de computação em nuvem. Além disso, aprenderemos sobre modelos de implantação de computação em nuvem e uma lista de benefícios para as empresas que os utilizam. Acompanhe!

O que exatamente é a nuvem?

A nuvem, que obtém seu conceito do fato de que funciona em algum lugar além do reino físico do disco rígido do seu computador, é um vasto banco de informações virtual que armazena e gerencia informações, entrega conteúdo ou serviços ou executa aplicativos usando a internet. 

Na verdade, qualquer serviço ou software executado na internet em oposição ao seu computador é considerado computação em nuvem. Isso inclui serviços de streaming, como Netflix, serviços de e-mail, como Gmail ou suas redes sociais.

Usando a nuvem, que na verdade é apenas uma rede de servidores localizados em todo o mundo, os usuários podem recuperar essas informações e serviços online a qualquer hora e de qualquer local usando um dispositivo que se conecta à internet.

Uma breve história da computação em nuvem

A nuvem, embora seja um conceito relativamente novo para nós, na verdade não é nada novo. Na verdade, a ideia de permitir que os usuários compartilhassem uma experiência de computação virtual como um todo surgiu em 1963, quando o MIT desenvolveu a primeira máquina virtual do mundo, também conhecida como computador.

Logo depois, em 1969, essa noção foi ainda mais avançada com a criação da internet, antes conhecida como Rede de Computadores Intergaláctica, pelo psicólogo e cientista da computação J.C.R. Licklider, que milagrosamente possibilitou que pessoas de todo o mundo se interconectassem e acessassem informações “virtualmente” de qualquer lugar, preparando o terreno para a infraestrutura em nuvem como a conhecemos hoje.

Na década de 1970, a infraestrutura de computação em nuvem foi expandida ainda mais para incluir máquinas virtuais completas com sistemas operacionais capazes de suportar funções básicas de computação, como processamento e armazenamento de dados e execução de aplicativos que também eram compatíveis com a internet.

Não demorou muito para que a internet disparasse em popularidade, o que eventualmente pavimentou o caminho para a computação em nuvem como um negócio. Na verdade, no final da década de 1990 e início de 2000, muitas empresas notáveis, como Google, Amazon, Microsoft, IBM, Apple e Netflix, já estavam usando a internet para fornecer vários serviços baseados em nuvem, como programas de software, aplicativos de streaming e de armazenamento.

Hoje, é seguro dizer que a realização da nuvem como foi preconcebida finalmente chegou em sua maturidade e, desde o seu nascimento, gerou vários modelos diferentes e estratégias de implantação para atender às necessidades específicas de vários usuários, fornecendo uma infinidade de vantagens para consumidores e empresas, que veremos a seguir.

Por que computação em nuvem?

A grande questão por trás da nuvem está no armazenamento de dados. Nos últimos anos, a velocidade com que geramos informações cresceu a níveis sem precedentes. Hoje, quase tudo que fazemos gera um ponto de dado que pode ser utilizado futuramente para extrair informações significativas.

No entanto, com um volume de dados cada vez maior, é difícil (e bastante caro) para as empresas projetarem e manterem data centers internos que possam armazenar esses dados e todos os sistemas de operação. 

A computação em nuvem surgiu para solucionar esse problema. Ela diminui a demanda de hardware do lado do usuário. Tudo que ele precisa para guardar seus dados ou acessar sistemas é de um navegador da web — a rede da nuvem cuida de todo o resto.

Isso também tira das costas da empresa a responsabilidade pela manutenção e segurança da rede. Em caso de falha técnica, quem deve encontrar e solucionar o problema é o provedor. Ao mesmo tempo, contratos de Service Level Agreement garantem à empresa contratante a disponibilidade necessária para que sua produtividade interna não seja prejudicada por falhas.

Benefícios da computação em nuvem

O principal motivo pelo qual as empresas contratam sistemas em nuvem é o potencial de redução de custos que ela possui. A computação em nuvem dá a liberdade de usar os serviços de acordo com o que sua empresa precisa e pagar apenas por aquela que ela usa. Com a computação em nuvem, é possível executar as operações de TI como uma unidade terceirizada, sem ter que manter muitos recursos internos.

Mas esse não é o único benefício da nuvem; ela também permite à empresa:

  • Aumentar a produtividade, focando no core business do negócio e não em questões operacionais;
  • Reduzir os custos e problemas de manutenção, que passam a ser de responsabilidade do provedor de nuvem;
  • Ter em mãos softwares e sistemas sempre atualizados a um baixo custo, uma vez que não é preciso pagar por novas licenças para ter o sistema mais recente;
  • Recuperar dados com maior facilidade e garantir backup automático das informações importantes;
  • Reduzir o tempo de indisponibilidade devido a erros e falhas no sistema;
  • Ter acesso a uma equipe de especialistas em manutenção, garantindo a confiabilidade do sistema;
  • Aumentar a segurança da informação, uma vez que o provedor terá uma equipe dedicada a manter o sistema seguro e operante;
  • Garantir escalabilidade a baixo custo pagando apenas pelo número de usuários que utilizam o sistema.

Quais são os tipos de serviços na nuvem?

Os serviços podem ser considerados recursos de nuvem individuais fornecidos às empresas. Por exemplo, o armazenamento em nuvem seria um serviço separado como hospedagem de aplicativos.

Esses serviços costumam ser agrupados em pacotes de três tipos, dependendo de como a nuvem é usada em um determinado negócio. Vamos ver o que define cada um!

Infraestrutura como serviço (IaaS)

Este é o menos dependente dos tipos de serviço em nuvem, o que significa que muitos recursos (dados, aplicativos, tempo de execução, sistema operacional) ainda são tratados internamente. Nesta categoria, a empresa aluga VMs, armazenamento, rede e sistemas operacionais do provedor de nuvem com base no pagamento conforme o uso. Isso evita que a empresa invista em hardware caro no local e deixa espaço para ela crescer com um modelo de pagamento flexível.

Plataforma como serviço (PaaS)

O PaaS fornece todo o middleware e ambientes para usar ao desenvolver e executar aplicativos. Esses ambientes padronizados ajudam os desenvolvedores a criar seus aplicativos para funcionarem perfeitamente com servidores web, sistemas de gerenciamento de banco de dados e kits de desenvolvimento de software para as principais linguagens de programação.

Software as a Service (SaaS)

O SaaS permite que as empresas hospedem e executem seus aplicativos em data centers em nuvem, em vez de servidores privados. Ao fazer isso, os usuários podem acessar aplicativos pela Internet em tempo real, sem a necessidade de baixar e instalar o aplicativo localmente. Também inclui segurança, suporte de desenvolvimento e manutenção gerenciada pelo provedor de nuvem como parte do custo.

Nuvem pública x nuvem privada

Até agora, discutimos apenas a nuvem pública em que os data centers podem conter dados de centenas de usuários ou clientes diferentes. Esses clientes só precisam pagar pelo armazenamento que usam, em vez de pagar pela capacidade de usar todo o data center.

A maior parte do uso da nuvem é feito em serviços de nuvem pública.

  • Prós: atende às necessidades da maioria das organizações e reduz os custos iniciais;
  • Contras: pode ser menos econômico para grandes empresas e um alvo fácil para hackers.

As empresas também podem pagar para reservar um data center na nuvem para que seja usado apenas por essa empresa, chamado de nuvem privada. Esse modelo é frequentemente usado por empresas que armazenam dados confidenciais, como bancos ou hospitais, pois são mais seguros.

  • Prós: mais controle sobre os dados, menor risco de segurança, adaptável às necessidades e ao tamanho;
  • Contras: custos iniciais caros.

No entanto, uma empresa não precisa necessariamente escolher entre um e outro. É possível utilizar um modelo híbrido, que mescla o uso da nuvem pública e privada por uma mesma organização, se beneficiando das vantagens de cada tipo.

Atualmente, todas as grandes e pequenas empresas têm grande probabilidade de implementar nuvens públicas, privadas ou híbridas em seus processos de negócios, dados os amplos benefícios que a computação em nuvem pode trazer. Por isso, a nuvem não é mais uma questão de quando, mas sim uma questão de como utilizá-la da melhor forma para o seu negócio.

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