No passado, dizer a frase “use uma abordagem ágil” na maioria dos ambientes corporativos acionaria duas reações muito diferentes: os desenvolvedores se animariam e todos os outros profissionais ficariam perdidos. Isso porque, anteriormente, as metodologias ágeis estavam vinculadas exclusivamente a projetos de desenvolvimento de software. 

E enquanto o scrum (e seus muitos aplicativos e expressões) permanece vivo e bem, hoje o ágil não é mais apenas uma exclusividade para programadores. Em vez disso, evoluiu para algo muito mais profundo e amplo quando aplicado aos negócios. 

O business agility é o nome dado à aplicação do ágil nos processos de negócios não relacionados ao desenvolvimento de software. Os benefícios dessa aplicação são inúmeros, e é por isso que, recentemente, temos visto empresas de diversos setores e tamanhos apostarem no business agility.

Mas quais são os princípios nos quais o business agility se baseia? Abaixo, mostramos os pilares que definem a “agilidade nos negócios” no novo mundo do trabalho!

A importância do business agility nos negócios modernos

Basicamente, o business agility é um método organizacional centrado no cliente que ajuda as empresas a se adaptarem rapidamente às mudanças do ambiente interno ou externo. Tudo isso enquanto maximiza o potencial e os lucros.

Como falamos, o conceito foi originalmente estabelecido para o desenvolvimento de software, onde requisitos em constante mudança e resultados incertos exigiam uma abordagem mais flexível. No entanto, o modelo pode ser usado para qualquer organização.

O business agility permite que as empresas identifiquem maneiras econômicas de inovar, sem comprometer a qualidade do produto ou o atendimento ao cliente. Na era digital, agilidade é a capacidade de competir e prosperar, oferecendo soluções empresariais criativas e habilitadas digitalmente.

Em vez de estruturas e modelos tradicionais, a agilidade de negócios é baseada em princípios ágeis, como inovação de produto, agilidade de entrega, adaptabilidade organizacional e liderança eficaz.

Isso significa que uma empresa estará pronta para se adaptar às mudanças internas e externas, lidar com rapidez e eficiência com as necessidades e desejos de seus clientes e estar na vanguarda da inovação e adaptação sem disparar custos ou sacrificar a qualidade.

Uma empresa ágil sempre terá uma vantagem no mercado sobre seus concorrentes, pois terá uma resposta mais rápida. Mas não só será mais rápida que seus concorrentes, mas também suas ações serão informadas, inovadoras e em sintonia com o que os clientes desejam.

Como aplicar o business agility: 6 princípios

Muitas empresas pensam que são ágeis porque suas equipes de desenvolvimento de produtos trabalham usando princípios ágeis. No entanto, há uma grande diferença entre ser ágil e adotar frameworks ágeis. A verdadeira agilidade de negócios é uma proposição muito mais holística.

O desenvolvimento ágil pode significar que cada produto ou projeto é realizado usando princípios ágeis, mas ser ágil em um negócio significa um processo estratégico de cima para baixo e algumas mudanças fundamentais em toda a empresa.

Dessa forma, o business agility se baseia em 6 princípios principais, sendo:

1. Mudança de cultura consciente

O Gartner define a “mudança cultural consciente” como um primeiro passo para as empresas que querem se tornar mais ágeis. Nesta mudança, o foco deve passar de atividades para resultados. Ou seja, não importa quantas atividades sua equipe execute, contanto que chegue nos resultados esperados. Além disso, políticas, protocolos e processos devem estar sujeitos a descoberta, inovação e experimentação na busca por um melhor desempenho. 

2. Engajamento do funcionário

O engajamento dinâmico, progressivo e comprovado dos funcionários é a essência e o motor do processo ágil. As ferramentas e tecnologias certas são uma grande peça do quebra-cabeça. Mas os funcionários, em última análise, determinam se a agilidade nos negócios é superficial ou substancial. 

3. Colaboração orientada para resultados

Para que os resultados sejam atingíveis, a colaboração (tanto interna quanto externa) deve ser estimulada. Isso significa que não pode ser bloqueada por silos, estrangulada pela política ou sufocada por um excesso de comunicação onde o volume de discussão se torna mais notável do que a qualidade e relevância.

4. Velocidade com eficiência

O business agility não tem a ver com apenas acelerar os processos de trabalho. Não basta apenas realizar as coisas mais rápido, é preciso também fazê-lo de forma mais eficiente. Isso é conquistado automatizando processos repetíveis e projetando fluxos de trabalho mais inteligentes.

5. Gerenciamento ágil de recursos

Os gestores dentro de uma organização ágil tomam suas decisões baseadas nos dados mais atualizados. Para isso, eles precisam de informações confiáveis ​​em tempo real. Isso significa que as planilhas e e-mails devem ser eliminados e o detalhamento instantâneo de programações, qualificações, atribuições e disponibilidade aplicado.

6. Visibilidade, visibilidade e mais visibilidade

O business agility não significa apenas ser ágil, flexível e pronto para responder. É também sobre como alinhar as decisões aos objetivos de negócios da empresa. Para isso, a visibilidade do micro e do macro é fundamental. Com isso, os gestores podem monitorar o desempenho da área em relação aos objetivos da empresa e fazer ajustes pelo caminho para seguir as melhores tendências.

Em suma, o business agility ajuda sua equipe a trabalhar de maneira mais eficiente, responder às mudanças do mercado e garantir que o foco no cliente esteja no centro da tomada de decisões. 

É claro, usar as melhores ferramentas é a chave para uma cultura ágil, pois dá às equipes a capacidade de se comunicar e colaborar de forma criativa. No entanto, a aplicação do business agility está muito mais ligada a uma mudança cultural do que a ter tecnologia de última geração em mãos.

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