
Os desafios e os problemas que estamos encarando hoje são complexos demais para serem atacados por um único ser humano.
A frase é do co-chairman da Applied Minds, Daniel Hillis, e foi dita durante o IBM Research Colloquium deste ano, evento no qual a multinacional bateu muito forte na tecla do que vê como futuro inevitável da computação: a cognição.
Juntando os termos, temos a computação cognitiva, que faz nada menos do que aproximar máquinas da capacidade de raciocínio e lógica humana. Na verdade, é possível ir ainda mais longe: segundo as pesquisas da IBM neste campo, em 30 anos a maneira com que usaremos computadores será quase igual à forma como conversamos entre pessoas atualmente, debatendo problemas com a junção de conhecimento, reflexão e contexto para propor soluções.
Caminhamos para um novo cenário sem barreiras para o diálogo entre homem e máquina, no qual sistemas e computadores terão capacidade para receber nossas informações, entender nossas demandas e nos entregar insights sobre como sanar deficiências, problemas, gargalos, questões das mais diversas. Em proporção, uma realidade equivalente a conversar com um guru ou alguém em cujo conhecimento confiemos para nos ajudar a alcançar respostas.
Colocações que, geralmente, assustam um tanto: mas então a máquina superará o homem?
Não: homem e máquina trabalharão juntos. Haverá uma sinergia de inteligência humana e computacional, e não uma competição entre as duas, menos ainda, uma vitória da segunda sobre a primeira.
Trata-se de buscar a integração entre o usuário e o computador, visando a conectá-los para que trabalhem coletivamente, e não apenas interajam. Em outras palavras, a meta da computação cognitiva é alcançar um cenário em que homem + computador ajam com mais inteligência e eficiência do que qualquer indivíduo, equipe ou computador consiga agir em separado.
Vendo por este prisma, não tem nada de assustador, certo?