O Brasil é o antepenúltimo colocado no ranking de computação em nuvem mundial, segundo estudo da BSA – The Software Alliance. Somos o 22º de uma lista de 24 países liderada por Japão, Estados Unidos e Alemanha.
O estudo da BSA levanta o ranking de acordo com 7 tópicos principais, contabilizando em forma de ScoreCard cada um desses pontos:
• Privacidade de Dados;
• Segurança;
• Crimes na rede;
• Propriedade intelectual;
• Suporte e padronização da indústria de acordo com regras internacionais;
• Promoção de livre comércio;
• Disponibilidade de TI e Qualidade/Quantidade de banda para acesso.
O acesso completo do relatório pode ser visto, de maneira geral, em [1] e focando apenas no Brasil em [2].
Infelizmente não conseguimos ter uma evolução no Score Card desde 2013, apenas uma pequena melhoria em alguns pontos, mas não conseguimos subir nenhuma posição no ranking.
Clouding, apesar de ser um conceito consolidado, apenas está sendo amplamente empregado em países que tem políticas bem definidas nos 7 pontos citados pelo ScoreCard. Mesmo nosso país tendo o perfeito entendimento de que inovação em tecnologia é um diferencial competitivo e um grande fator para o crescimento econômico, ainda falta uma legislação bem definida para regulamentação de itens como, por exemplo, pirataria.
Colocando a política um pouco de lado, e agora entrando no mundo das empresas, muitas ainda não tem uma política de inovação bem definida ou um setor interno focado apenas em inovação, o que é uma grande chance no mercado Brasileiro, onde o foco no cliente para fazê-lo com que compreenda os benefícios que a nuvem podem trazer aos seus negócios.
Um boa abordagem seria:
• Provas de conceito,mostrando políticas de segurança, que também é um grande fator que freia a adoção dessa tecnologia no Brasil.
• Mostrar em como ele será suportado pela empresa oferecendo o serviço, ou seja, com um pós-vendas bem treinado para suporte e treinamento nessas tecnologias.
O que também muitas empresas enxergam no Brasil é que soluções em cloud são mais voltadas para ISPs, ledo engano. Um bom exemplo disso é o caso da Bloomberg, que não é um ISP, e sim uma indústria do setor financeiro, muito focada em seus clientes ao fornecer serviços de dados financeiros e analytics para outras pessoas que participam do mundo das finanças. A nuvem permitiu a Bloomberg ter um grande ambiente de homologação de novos produtos, disponibilizando-os rapidamente aos seus usuários.
Um outro bom exemplo para Clouding, o Black Friday, onde as empresas que adotam o modelo de nuvem podem se beneficiar do chamamos de elastic computing, ou seja, não importa quantos acessos ao site da empresa tenha, se precisar de mais escalabilidade a nuvem vai identificar isso automaticamente, dando mais recursos para a aplicação.
Faltaram recursos na sua cloud? Sem problemas, o cliente sempre pode fazer o compartilhamento de carga da sua nuvem privada com uma nuvem pública, claro que isso tem um custo, por utilizar recurso de nuvens públicas, mas o mais importante é que o negócio do cliente sempre terá alta disponibilidade.
Vale a pena ficar de olho neste mercado, atentar para suas peculiaridades e criar ofertas atrativas. Trata-se de um nicho exponencial no Brasil, em deliberada ascensão, ao qual os fornecedores têm tudo para se lançar. Aproveite.
Fontes
[1] http://cloudscorecard.bsa.org/2016/index.html
[2] http://cloudscorecard.bsa.org/2016/pdf/country_reports/2016_Country_Report_Brazil.pdf
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42234&sid=97#.VyD_dDArLIU
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42204&sid=97#.VyD_kTArLIU
http://itforum365.com.br/noticias/detalhe/119564/nuvem-recupera-folego-e-promete-crescimento-consideravel-para-2016
http://www.afr.com/opinion/columnists/cloud-computing-gives-local-businesses-an-edge-20160428-gohe9t
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2016/04/11/noticiasjornaleconomia,3600938/big-data-e-computacao-em-nuvem-vao-sustentar-o-setor.shtml
