Diego Souza é Supervisor de TI do Grupo Binário
Diego Sousa é Supervisor de TI do Grupo Binário

Se a TI parar, toda a empresa para. Fato. Por isso, é preciso garantir que todos os sistemas e redes estejam operando bem, evitando falhas que possam levar a rupturas de processos e operações críticos.

Para tanto, a saúde da infraestrutura é o principal fator a ser levado em conta. Seja “em casa” ou “em nuvem”, a estrutura básica de hospedagem de redes e aplicações de negócios têm de estar funcionando a plena capacidade o tempo todo, com estabilidade e segurança asseguradas.

Como chegar a este cenário ideal? Alguns passos são importantes. Como, por exemplo, investir em resiliência, ou seja, na capacidade de resistir a falhas e se recuperar de eventuais adversidades.

Nisso, o investimento em redundância torna-se fundamental. Ter servidores redundantes, formando um quadro em que um possa assegurar o funcionamento das operações do outro quando o primeiro cair, por qualquer razão, é inevitável para quem quer garantir sistemas no ar.

Porém, a redundância, sozinha, não evita 100% dos riscos de parada. Mesmo com diversas camadas de redundância, interrupções ainda poderão ocorrer, por intempérie, invasão aos mecanismos de segurança, ou outras causas.

Além de ter uma estrutura redundante, é preciso ter capacidade de resposta rápida a eventuais falhas. Assim, a disponibilidade da TI depende, fundamentalmente, de um plano de resiliência.

Comece por gerenciar os ativos críticos. Isso ajudará a entender a estrutura de aplicações, elencar funções vitais e secundárias e reduzir o custo de manutenção dos sistemas, além de encurtar o tempo de parada dos mesmos em caso de falha.

As aplicações de negócios tornam-se cada vez mais complexas, com diferentes formatos de hospedagem e cada vez mais funcionalidades; os dados são cada vez mais abundantes; os dispositivos de negócio, cada vez mais variados.

Tudo isso aumenta a dificuldade de gestão do parque tecnológico.

Assim, outro passo para assegurar resiliência e continuidade dos negócios é mapear toda a estrutura de processos da empresa, interligando suas necessidades relacionadas a TI, para, com base nisso, criar um esquema de prioridades.

Em caso de falha, é esta organização que permitirá retomar as operações mais críticas com a máxima rapidez, garantindo o funcionamento do core business enquanto os demais processos são recuperados gradativamente.

Alinhar prioridades de negócios às ações de resiliência de TI é fundamental.

Também é preciso pensar em um plano de contingência para combater os efeitos de paradas. Se a queda da rede acontecer, como reagir aos prejuízos trazidos a cada aplicação/área de negócio? Ter isto pré-determinado ajudará – e muito – na retomada das atividades após eventuais problemas. Trata-se de um plano indispensável de recuperação pós desastre que toda empresa tem de ter.

Outra capacidade requerida é a de rápida mudança. Nem sempre será possível ater-se ao plano inicial. Dependendo do problema ocorrido à infraestrutura de TI, decisões rápidas serão necessárias para mudar processos e ações, chegando, com isso, a um cenário de controle.

Para tudo, o importante é ter em mente três aspectos: continuidade dos negócios, segurança da informação e governança. Respeitando estes quesitos, a estratégia de manutenção das operações de uma empresa sem paradas estará mais próxima do sucesso.

Parece simples, mas não é: o estudo State of Resilience Report, realizado com mais de 3 mil profissionais de TI, mostra que as companhias ouvidas não estão suficientemente preparadas para garantir resiliência a seus sistemas, e que 75% dos entrevistados sequer estima quais seriam os custos por hora do tempo de parada de seus negócios.
Operação parada é dinheiro perdido. Logo, TI bem preparada, com resiliência garantida, é lucro certo. Invista nisso.

Fontes:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=41247&sid=128#.Vvw04KQrLIU
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=40758&sid=128#.Vvw1BKQrLIU
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=41942&sid=128#.Vvw1FKQrLIV

Resiliência das TI é mais importante do que nunca


http://corporate.canaltech.com.br/noticia/gestao/disponibilidade-da-ti-redundancia-nao-e-sinonimo-de-resiliencia-53581/