Luciana Brandão  é Coordenadora de RH do Grupo Binário
Luciana Brandão é Coordenadora de RH do Grupo Binário

Falar em inovação sem falar em criatividade é uma incoerência. Inovar pressupõe trazer o novo, traz intrínseco o criar. Em um momento em que a instabilidade atinge as esferas econômica e política, ser criativo e inovador tornou-se fundamental para atravessar a crise e garantir competitividade, por isso é fundamental incentivar o processo criativo dentro das empresas.

Na Tecnologia da Informação, nem é preciso tocar nesse assunto: empresas de tecnologia são criativas por natureza, e todos dentro delas agem com esse espírito. Será mesmo? Quantas vezes você já observou que rotinas estagnadas geraram improdutividade, ou que processos repetitivos/morosos retardaram resultados, ou que produtos e serviços precisavam ser reinventados para melhorar seu posicionamento frente à concorrência? Pois é, nestas horas é que se vê como é preciso manter o negócio, e, por conseguinte, as pessoas que o formam, criativos.

A tecnologia pode, por si só, embasar o estímulo à criatividade. Vamos pensar em Big Data, por exemplo: todos aqueles dados vindo de tantas fontes diferentes fazem surgir ideias de uso a cada dia mais abundantes, e isso é um potencial a ser aproveitado para criar. Outro exemplo, a mobilidade. Dispositivos que permitem estar conectado everywhere, everytime trazem possibilidades inúmeras de inovar nos processos de trabalho, abrindo espaço para a criação de novos modelos e estratégias.

A criatividade está na base das ideias que conquistam resultados, alcançam metas, fidelizam clientes. Assertividade, agilidade, produtividade, competitividade, todos estes “ades” estão ligados ao espírito criativo e inovador. Por isso, inspirar isso dentro das empresas é garantir melhor desempenho.

Para tornar a empresa inovadora, desperte a veia criativa dos colaboradores, e para isso há diversas maneiras. Vamos começar por aprender a desaprender. Trata-se de tirar a concentração dos métodos tradicionais e pensar o novo, pensar fora da caixa, refletir sobre o que já existe de forma a mudar o que é necessário para criar algo diferente, útil e proveitoso.

Estimular o foco no novo, o pensamento ágil e a troca de ideias é, portanto, uma bela maneira de estimular a criatividade.

E aprender, em si, também é muito importante. O aprendizado constante mantém a mente estimulada e as ideias em ação. A empresa deve investir na qualificação constante dos funcionários para estimular a criatividade e a inovação, seja por treinamentos físicos ou online, incentivo a leituras relacionadas ao ambiente de atuação da companhia, criação de programas que facilitem a troca de conhecimento, investimento em aplicativos ou plataformas de capacitação ou outras atividades correlatas.

Vale tudo para garantir uma equipe pró-ativa em criação, um time voltado a pensar os processos, produtos e serviços da empresa para que não apenas esta produza mais e reduza seus custos, mas também passe ela mesma a custer menos para quem a compra, o que é um artifício-base de atração do cliente para enfrentar tempos de crise.
Ser uma empresa criativa é buscar e mostrar diferencial, oferecendo além do que o mercado está acostumado, além do que o cliente espera. Isso atrai atenções e preferências, gerando um círculo virtuoso para a companhia.

Além disso, a criatividade é a base da compreensão das demandas do cliente e da adaptação de produtos e serviços para atende-las, modificando o que for necessário, fazendo adequações e criando não apenas ofertas, mas soluções.

Melhoria de processos, incremento e criação de novos produtos/serviços, alcance de resultados diferentes do passado, aumento de produtividade e interação intraempresarial, ganho de qualidade, apuro de técnica, melhoria contínua – tudo isso está ligado à injeção de criatividade e inovação no cotidiano das empresas. Inspirar uma cultura voltada a estas duas vertentes é transpirar valor para o mercado.