Marco Wasser é Gerente da Divisão de Data Center do Grupo Binário
Marco Wasser é Gerente de Soluções de Data Center do Grupo Binário

O boom dos dados, potencializado pelo Big Data, BYOD, IoT, wearables, vai transformar o mercado corporativo. Começando pelo data center. Será necessário ter capacidade e gerenciamento preditivo para suportar a grande leva de informações circulando pelas empresas, que chegarão cada vez mais das mais diversas fontes: colaboradores, clientes, prospects, parceiros, fornecedores.

Só com o BYOD, inúmeros novos dispositivos invadem as redes das empresas. São smartphones, tablets, notebooks garantindo mais produtividade aos funcionários, mas também abrindo portas para a geração de dados em qualquer lugar, a qualquer tempo, o que amplia consideravelmente a gama de informações com que sistemas e a rede precisam trabalhar. Haja estrutura para suportar tanto tráfego.

A Internet das Coisas e os wearables, nem se fale: são novos ativos remotos conectados, fornecendo um fluxo enorme de dados que precisam ser suportados e geridos.

É preciso pensar na arquitetura infraestrutural que este Big Data empresarial vai precisar. Gerenciar todo o ambiente de equipamentos, o volume massivo de dados, centralizando e monitorando conteúdos e atividades não é tarefa fácil. Para não mencionar a necessidade de garantia destes materiais: pensar em backup de tantas informações é também um desafio.

Entram em cena questões de governança, largura de banda, capacidade de armazenamento, segurança. É preciso pensar em tudo para garantir um ambiente corporativo saudável e produtivo.

Nos data centers, será preciso dimensionar os links de WAN para a largura de banda necessária para o alto tráfego. O poder de processamento será testado, e é preciso atender às exigências à altura.

Como fazer isso? Com gestão. Gerir o armazenamento e processamento é a chave para garantir o funcionamento dos diversos devices, sistemas, aplicações e informações sem causar impacto negativo na infraestrutura. Servidores, switches, toda a estrutura de storage estará em pleno desafio.

E quando se trata de data center, não se pode deixar de considerar o ambiente. Links, storage, segurança e ativos são importantes, mas também são fundamentais as características ambientais do data center, salas de servidores, salas técnicas – um aspecto crucial para manter o ambiente ativo e disponível. Energia, climatização, segurança de acesso e contra incêndio precisam estar nos planos de investimento e nos checklists de toda empresa que depende dos dados, da informação digital venha ela de onde vier.

A segurança, é claro, é item indispensável na estratégia para enfrentar a explosão de dados de forma construtiva. Digitalização e automação são muito importantes e muito boas para a empresa, mas isso precisa estar ligado a uma política sólida de segurança da informação, ou os riscos de vazamento e invasão serão ampliados.

E um ponto principal disso tudo, que não pode ser negligenciado, é o próprio dado. A informação gerada é valiosa para a companhia, e deve ser aproveitada. Empregar tecnologias de análise e triagem deste imenso volume de dados é imprescindível para oportunizar o uso inteligente dos conteúdos, que poderão ser muito úteis para pautar estratégias de venda, atendimento, colaboração interna, crescimento, entre outras.

O Big Data nascido da implantação de tantos dispositivos no cotidiano corporativo ampliará de maneira drástica a complexidade dos ambientes de negócio. Fato. Nunca antes se viu tantos dispositivos em uso, nem tanta informação corrente. É um universo com o qual é preciso saber lidar, mas se o cenário é desafiador, é também oportuno. Saber utilizar e gerenciar este tsunami de dados é indicador de sucesso para a estratégia empresarial. Vale ficar atento.

Fontes

http://goo.gl/iKVTXf

https://goo.gl/IAHlfc

http://goo.gl/1mYjda