Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.
Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.

As tendências mais faladas do momento no mercado de TI irão influenciar diretamente, nos próximos anos, o cerne da gestão de muitas empresas: os sistemas ERP.

O Big Data, por exemplo, já vem promovendo esta mudança. Cada vez mais adeptas de tecnologias que produzem ou aguçam a extração e concentração de dados, as empresas caminham para um universo no qual desperdiçar esta riqueza informacional é o mesmo que empobrecer a gestão. Assim, esta é uma das tendências ditadoras do novo caminho dos ERPs, que devem ampliar a gama de recursos analíticos e ferramentas que permitam não apenas realizar previsões precisas, mas também projetar cenários, abordagens e ações alinhadas às estratégias de cada negócio.

Na mesma linha, caminham as tecnologias multicanal, que expandem o campo de dispositivos, aplicativos, dados e funções disponíveis para os mais diversos segmentos e níveis de atuação de funcionários individuais ou equipes. É uma tendência que dita aos sistemas de gestão irem além da integração de funcionalidades, chegando à contextualização das mesmas.

Complicado? Não se formos práticos: pense nas dezenas de dispositivos, aplicações, aplicativos móveis e informações úteis ao seu negócio que transitam aí pelos corredores da sua organização todos os dias. Não fará mais sentido no dia em que, ao invés de um ambiente segmentado, a tecnologia entregar outro, no qual todos estes recursos conversem entre si para entregar soluções que permitam a todo colaborador ter uma visão abrangente do negócio, antecipar necessidades de usuários e otimizar a eficiência de suas tarefas? Certamente sim.

Uma análise recente do IFS Labs indica também a famosa consumerização, com seus BYOTudo, como outra tendência a mudar a maneira como as companhias lidam com seus ERPs. Se por um lado o Bring your Own Device e seus afiliados preocupam departamentos de TI, que precisam rever regras e políticas para garantir produtividade e segurança, por outro esta onda também movimenta as fontes de dados e as frentes de ação. Um bom ERP logo, logo terá de levar em conta esse universo de equipamentos e usuários, entregar funcionalidades específicas e se retroalimentar com os dados e interações colhidos.

A Internet das Coisas também entra na lista de novos moldadores do ERP, assim como os chamados Wearables, dispositivos tecnológicos que se pode “vestir”. Sim, porque eletrodomésticos conectados à Internet, gerando, coletando e transferindo dados, e relógios de pulso com mais funções do que um smartphone, para dar apenas poucos exemplos, trazem certamente um novo mercado, no qual informações de localização pessoal, comportamento de usuário, performance de aplicação, desempenho funcional, entre vários outros, estão à disposição. Seu sistema de gestão também terá de estar.

Como participar desta evolução? Abrindo a porta – e o olho. Companhias de todos os setores precisarão estar atentas e abertas às inovações efervescentes, até mesmo naquelas que, em um primeiro momento, possam parecer distantes do contexto corporativo. Afinal, você não pensava na geladeira da copa da empresa antes de ela estar conectada à Internet, pensava? Hora de repensar, de se preparar e de, assim como seu ERP, estar pronto para a inovação.

Fonte: http://goo.gl/sv67MK