Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.
Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.

E lá vamos nós de novo: mais um fim de ano se aproximando, mais uma lista de tendências em análise para o ano que vem. Conforme o Gartner, o Top 10 das tecnologias que atrairão atenções em 2015 tem, em grande parte, base na Internet of Things (IoT), espalhando computação por equipamentos e lugares tão diversos quanto corriqueiros.

A primeira tendência apontada na lista é exatamente a computação ubíqua, ou seja, em toda parte, com smart dispositivos se espalhando por qualquer segmento em que se imagine interação com algum equipamento.

A segunda é o próprio conceito de IoT, com recomendação para que os CIOs atentem para ele muito além da geladeira conectada. Fomentar a adoção da Internet das Coisas nas empresas, especialmente em projetos que envolvam sensores ou dispositivos de interatividade ou otimização de produtividade, é um caminho apontado pela consultoria.

Atrelada à anterior, a terceira tendência traz a impressão 3D. Ainda que já seja um conceito há tempos conhecido pelo mercado, ganha força com as possibilidades de aplicações corporativas que ganha aliada à IoT.

A quarta tendência trata de aplicações de análise avançada de dados. Nível de avanço? Invisível. O pulo do gato, segundo o Gartner, é agregar a apps dos mais diversos funcionalidades de análise.

Muito além do CRM. Na quinta posição, a consultoria põe sistemas de contextualização sofisticados, que permitam conhecer o usuário, sua localização, comportamento, conexões sociais, histórico, preferências etc. Um universo de coleta que entregará às aplicações dados para construir análises aprimoradas, capazes de induzir ações certeiras.

Máquinas inteligentes, que agreguem precisão máxima a tarefas de setores vários, vêm na sequência. Um belo ponto para quem precisa otimizar rotinas para ganhar produtividade e, óbvio, competitividade.

A evolução da nuvem também está entre as previsões, com a client computing: aplicações baseadas em cloud e recursos multiplicar sua extensão a clients.

O conceito de software based não poderia faltar na lista. E aí está ele, na oitava colocação, abordando tanto infraestrutura como aplicações, com arquiteturas o menos complexas possível. Será (ou deveria) um ponto bastante trabalhado nos orçamentos de TI em 2015, projeta o Gartner.

O nono item é a Web-scale IT, conceito que sugere às empresas utilizarem um modelo de estrutura de TI parecido com os hoje utilizados pelos provedores de soluções em nuvem. Uma ideia que projeta benefícios, mas também riscos, o que no leva ao décimo lugar: a segurança.

Última tendência da lista, ela não ocupa a posição por ter pouca importância. Muito antes ao contrário, a segurança aparece aqui por ser projeção para todos os anos, afinal, falar de TIC sem falar de proteção de rede, aplicações e dados é inconcebível. Para 2015, a novidade do Gartner é dar atenção a aplicações com autoproteção.

O mesmo Gartner analisa que, em 2015, os gastos mundiais com TIC deverão passar de US$ 3,9 trilhões, alta de 3,9% sobre 2014. E agora a gente já sabe – pelo menos se as empresas seguirem as recomendações dos analistas – para onde boa parte desse montante irá, não é verdade?