Renata Natali é do suporte de pré-vendas do Grupo Binário
Renata Natali é do suporte de pré-vendas do Grupo Binário

Acabam de sair as previsões da IDC sobre o mercado de Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things) para os próximos anos. De acordo com o levantamento, até 2020 cerca de 90% de todos os dados de IoT serão hospedados em nuvem, em três anos 50% das redes de TI estarão no limite da capacidade para interagir com aplicações e dispositivos de IoT e o conceito se alastrará para aplicações em todas as indústrias, indo muito além dos transportes, mercado residencial e cidades inteligentes em que é focado hoje.

Porém, nem tudo são flores: já a partir do ano que vem a tendência começará a dar dor de cabeça, diz o IDC, já que poderá responder por falhas de segurança em 90% das redes de TIC de todo o mundo até o fim de 2016.

Ou seja, será reforçada a necessidade de proteger dispositivos e redes, pois a conexão cada vez mais ampla e constante à Internet significa, diretamente, abertura de novas portas para ameaças cibernéticas. Dados e estruturas antes particionados serão convergentes na nuvem, e cuidar da informação estratégica da empresa será cada vez mais crítico e urgente.

Por outro lado, boa notícia: os meios de proteção também se intensificam, facilitando o trabalho da TI. Hoje, as soluções de segurança de identidade, autenticação, gerenciamento de risco e acesso, proteção de pagamentos e outras já são abundantes. Nos próximos anos, certamente aumentarão, segundo a IDC.

Outra boa nova da Internet das coisas é que ela trará consigo um novo ciclo de mercado, gerando novos modelos de negócio que, se bem utilizados, poderão gerar várias oportunidades de competitividade às empresas que aproveitarem o filão.

Relembrando análise do economista Michael Porter, nos últimos 50 anos a tecnologia passou por duas grande ondas: a que trouxe a automação de processos, nos anos 60-70, e, pouco depois, a da Internet. Naturalmente, a evolução da Internet sugere uma terceira onda, e a IoT surfa nela bem à vontade.

Para aproveitar as oportunidades, será preciso entrar nos novos modelo de interação com o consumidor (pense bem, agora até a geladeira dele está conectada), pensar em formas de abastecer todos os dispositivos possíveis e imagináveis com recursos informativos, comerciais e analíticos.

É a era dos produtos inteligentes. Dos eletrodomésticos que interagem com o usuário. Dos wearables que invadem casas e empresas, facilitando a vida e inflando o lote de devices à disposição.

Ter acesso a este universo, entender como utilizá-lo e aproveitar as informações que ele traz, analiticamente, permite antecipar tendências e gerar produtos e serviços para atende-las – leia-se mais vendas. Permite prever possíveis problemas e munir o consumidor de soluções. Leia-se satisfação do cliente. Permite interagir com o usuário cada vez mais, entender o que precisa e vender a ele, entender como usa o que compra e acompanhar sua experiência com o produto. Leia-se fidelização.

A IoT vem para mudar cidades inteiras. Não é à toa que já em 2014 as chamadas Smart Cities são um mercado em franca expansão para a Internet das Coisas, que se aplica a dispositivos de monitoramento urbano à iluminação pública, da regulação do tráfego à segurança, da interação entre órgãos administrativos e o público atendido a coleta de dados e ações sobre ar, água, solo, população etc.

O mercado gerado é vasto. As oportunidades, idem. As informações sobre o tema, gerando Big Data Internet e mercado a fora, também. Vale como dica de ouro para encerrar suas reflexões de 2014: sua empresa está atenta às novidades e chances que esta tendência traz? Antene-se agora e feliz 2015 (e 16, 17, 18…).

Fontes:

http://goo.gl/v0WS9Y
http://goo.gl/KMFWzV
http://goo.gl/O3tQS6
http://goo.gl/Pkf9wh