Thales Cyrino - Diretor de Desenvolvimento e Novos Serviços
Thales Cyrino – Diretor de Desenvolvimento e Novos Serviços

A inovação traz benefícios, mas tem custo. Já ouviu esta expressão aí pelo seu círculo de negócios? Pois ela é verdadeira, mas, na realidade, é mais aplicável ao contrário: a inovação tem, sim, custo – e também risco -, mas traz muitos benefícios.

Estudos das mais famosas consultorias globais da área de tecnologia e economia indicam que a digitalização dos negócios, a adesão à tecnologia e automatização de processos, é um caminho sem volta para as empresas que desejarem manter-se competitivas. Basta ver pesquisas como a da TNS Research que demonstra que companhias de 11 países estudados que investem em nuvem, mobilidade e Big Data crescem até 53% a mais em receita do que aquelas que não o fazem.

A adesão à TI é diretamente ligada ao crescimento da receita, indicam as pesquisas. Entretanto, o custo das tecnologias ainda é citado por muitos CEOs como uma barreira ao avanço de investimentos nesta área. Como sair desta equação dúbia?

Primeiro, vamos aos fatos: o levantamento da TNS mostra que a mobilidade pode melhorar os processos de negócio em 21% e garantir 39% mais eficiência, além de reduzir em 21% o uso de papel. Leia-se produtividade e economia.

E a cloud computing? Esta traz ainda mais ganhos: 42% de redução de custos, muito em função de desobrigar gastos com infraestrutura, e até 40% mais rapidez na execução de tarefas diversas.

Estes são apenas alguns dados para embasar a tese de que sim, investir em tecnologia é investir na expansão da empresa. É fazer mais no presente para vivenciar um futuro – breve – mais vantajoso. Inovar é olhar para o futuro, planejar a adoção de recursos que melhorem as rotinas e preparar-se para cenários vindouros com os melhores subsídios possíveis.

Executar processos com mais rapidez e assertividade, tomar decisões com mais embasamento, gerenciar recursos com inteligência, estabelecer estratégias eficientes, ganhar competitividade e alcançar resultados satisfatórios. Tudo isso passa pela inovação, logo, investir em TI é mais do que uma tendência: é uma necessidade de sobrevivência para companhias de qualquer setor.

Apenas lembre-se: a inovação não está só nos equipamentos e nos sistemas, mas também nas pessoas e processos. Acercar-se de recursos humanos qualificados, adeptos às evoluções do negócio, e pensar a melhoria das funções operacionais e estratégicas é muito importante no caminho do crescimento. A tecnologia será muito mais bem-vinda em um ambiente preparado não apenas para recebe-la, mas, principalmente, para utiliza-la ao máximo.

E se a questão é custo, o melhor a fazer é não olhar para isso como um impeditivo, mas como um obstáculo a ser superado. Busque formas de subsidiar a inovação, dentro e fora da empresa. Informe-se com fornecedores sobre modelos de oferta, procure por linhas de tecnologia adequadas ao tamanho de seu negócio, opte por formatos “como serviço”, que costumam ser mais baratos; estude os benefícios econômicos trazidos por cada tendência.

É certo que inovar tem custo, sim. Mais certo ainda é que traz ganhos. Pondo na balança, os dois lados resultam em um equilíbrio equivalente a competitividade. Inovar é investir, e não gastar. Quem precisa crescer, precisa de TI.

Fontes:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=41465&sid=100#.VzYuUJErLIU
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/926/noticias/o-custo-da-inovacao-m0167149
http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/tarallitecnologia.pdf