Thales Cyrino é Diretor de Serviços da QoS
Thales Cyrino é Diretor de Serviços da QoS

O mercado de infraestrutura como serviço (IaaS) deve movimentar US$ 16,5 bilhões esse ano, alta de 32,8% sobre o ano passado, e seguir crescendo com taxa anual de 29,1% até 2019, segundo o Gartner. A explosão deste modelo, que promete transformar o formato de gestão de infraestrutura de TI das empresas, se deve, principalmente, à eficiência e otimização de recursos trazida, já que permite a contratação do parque exato para atender às demandas de cada companhia, eliminando custos com excessos desnecessários ou carências prejudiciais à continuidade dos negócios.

E como diminuir gastos mantendo os ativos funcionais e atualizados, sem deixar de atender a qualquer demandas da estratégia de negócio, é um mantra eterno da TIC, o “boom” da IaaS soa bastante óbvio.

Por isso mesmo, o modelo vem crescendo no gosto dos CIOs. O Gartner levantou que, em 2015, 83% dos CIOs já consideram adotar soluções de IaaS e 10% já as implantaram como opção primária.

Com isso, a maioria deles indica uma redução drástica em preocupações como manutenção, reposição de peças, estoque e gerenciamento de capacidade, que se tornaram responsabilidade do fornecedor.

No Brasil, com o cenário econômico de reestruturação e incertezas, as companhias estão tendo que investir em planejamentos de longo prazo, mas estratégias que demonstrem resultados e economia no curto prazo. Um prato cheio para o IaaS, trazendo boas expectativas para fornecedores.

Só que para aproveitá-las é preciso construir a abordagem certa. É necessário fazer ver que não se trata das máquinas, apenas, mas também de software, gestão de recursos, suporte, garantia de disponibilidade, além da elasticidade de custo do modelo, que pode se adaptar às demandas do cliente a cada momento de seu negócio.

Colocando na balança todas as variáveis envolvidas em um contrato de IaaS, com certeza o modelo será mais vantajoso e o contrato estará fechado.

E adequar o discurso à estratégia de venda e prestação do serviço é mais do que necessário – o Gartner que o diga: a consultoria aponta que em 2014 muitos provedores de IaaS tiveram de ajustar seus contratos para seguir com os clientes e diversos até os perderam, tudo por falta de adequação nas estratégias de fornecimento do serviço.
Para este ano, a previsão de cautela se mantém e a consultoria fala na pretensão de empresas clientes por reavaliar suas plataformas contratadas e realizar alterações tanto no fornecimento, quanto no gerenciamento.

Já para o cliente, a empresa global de pesquisas recomenda que, antes de qualquer contrato, faça uma análise minuciosa de todas as cláusulas. Compromissos contratuais devem ser satisfatórios para ambos os lados, principalmente quanto à modificação da oferta sem aviso prévio de pelo menos 12 meses.

Outro quesito a prestar atenção é a segurança oferecida pelo fornecedor, bem como sua estrutura de suporte. Acredite: se você precisar dela, vai sentir que cada centavo investido a mais em um suporte de qualidade valeu a pena.

Em plena ascensão, o IaaS é um modelo de agregação de valor. Quanto mais o cliente utiliza os recursos do serviço, maior será o vínculo que criará com o provedor e melhor será a experiência para ambos.
Daí para a contratação de cada vez mais serviços, controles, recursos, é um pulo – que, para muitas empresas, sejam elas vendedoras ou compradoras de TIC, pode ser o do gato!