João Ledo, Gerente de Contas do Grupo Binário.
João Ledo, Gerente de Contas do Grupo Binário.

Pesquisa do MIT Center for Digital Business mostra que as empresas digitais superam a média do mercado em 9% no faturamento e em 26% na lucratividade. Ou seja: tema em voga há cerca de dez anos nas rodas de Tecnologia da Informação e Negócios, a transformação da economia tradicional em economia digital não é mais uma tendência, mas uma realidade e, mais que isso, um requisito para empresas que queiram se manter competitivas.

A transformação digital é questão de sobrevivência. E se mostra evidente por todos os lados. O ano de 2015 vai entrar para a história como o ano em que os dispositivos móveis ultrapassaram os desktops como ferramentas de busca e consumo, já até 2020 o Gartner prevê que teremos 37,3 bilhões de dispositivos conectados, resultado da combinação de 7,3 bilhões de devices e 30 bilhões de sensores em uso, enquanto a Febraban indica que 50% das transações bancárias brasileiras já são realizadas por mobile, número que só tende a crescer.

O ambiente corporativo terá de correr para acompanhar todas estas mudanças, mas por enquanto a estrutura para fomentar negócios digitais ainda é mínima, segundo o MIT Council, que aponta que apenas 20% dos conselhos de administração têm um membro responsável pela estratégia digital e apenas 10% das empresas têm diretores responsáveis por esta estratégia.

Está na hora de mudar. E é claro que esta não é uma tarefa simples, afinal, reinventar empresas tradicionais, algumas fundadas antes mesmo da criação da internet, com modelos já estabelecidos e incorporados ao seu mindset, requer tempo. O pensar e o agir digital vão além da adoção de tecnologias de forma massiva, passando muito pela disseminação da cultura de uso das novidades em toda a organização, otimizando processos e rotinas que não têm mais lugar no cenário atual.

Toda essa reviravolta envolve mudanças nas estruturas organizacionais, nos indicadores de desempenho, modelos de governança, nas equipes e na relação com o ecossistema de parceiros e clientes – que, caso a mudança seja bem trabalhada, mudará para melhor.

Para as empresas que estão começando a aderir à transformação digital, uma boa dica é espelhar-se em companhias nativas da economia digital. Sim, as novatas têm bastante a ensinar, já que já nasceram nesta realidade e estão muito aptas a executar seus processos – dos mais básicos aos mais inovadores – com o alicerce direto da tecnologia.

Observar, estudar, aprender e incorporar práticas, analisar o mercado e verificar os caminhos que melhor servem para que sua empresa migre para o novo. Tudo isso tem que fazer parte da formação de sua estratégia digital. Una ideias de gestores de TIC e de Negócios e defina o que é “ser digital” para sua companhia. Assuma a liderança do processo de transformação digital, esteja na crista desta onda. Não se atrase: o futuro deste cenário já chegou.