Renata Pereira é supervisora de Marketing
Renata Pereira é coordenadora de Marketing

Dentre as tendências apontadas pelas maiores consultorias globais para 2016, a maior delas está em definir a estratégia de negócios com foco exclusivo na demanda dos clientes. E segundo todas as pesquisas, a TI precisa estar no centro das negociações para determinar bons resultados.

Até aqui, nada de novo: já vem há alguns anos esta indicação das empresas e institutos especializados de que a TI se insira cada vez mais nos negócios, trazendo a transformação digital que modernizará e otimizará toda a cadeia do fornecimento até o cliente.

O que há de novidade são algumas tendências relacionadas a esta participação da TI na estratégia corporativa, destacadas por organizações como a Forrester Research. Vamos a elas.

Mexida cultural. Sim, a tendência é que as novas estratégias de negócios invadam a cultura corporativa, fazendo parte dela e mudando. E nisso, a TI entra com o alinhamento entre tecnologia e negócio, fornecendo plataformas que permitam aos gestores de áreas centralizar políticas e ferramentas para facilitar o acesso dos colaboradores a elas, otimizando a compreensão e o uso por todos.

E falando em cultura, também é tendência que haja mudança nas lideranças empresariais. De acordo com a pesquisa global, o foco cada vez mais no cliente exigirá o surgimento de líderes com esta postura, capazes de guiar e determinar as ações das companhias neste sentido. Nesta onda, caberá à TI entender do que os clientes precisam e fornecer a todos os demais departamentos infraestrutura e sistemas para que atendam a estas necessidades.

Indo nesta linha, é de se esperar que o papel do líder de TI também – e principalmente – mude. Esta é uma terceira tendência apontada pela Forrester: chega de empresa tradicional. De agora em diante, quem não se digitalizar, quem não pegar o bonde da transformação digital estará sujeito a ser superado mesmo por concorrentes menores que se adaptem à nova realidade. Sendo assim, CEOs, CIOs e demais lideranças precisam mudar o pensamento, e inserir a TI desde a base de qualquer ideia de negócio. Só assim para garantir uma atuação com a agilidade que o atual cenário demanda, construindo diferenciais reais.

Tanto é assim que a própria Forrester atesta, em mais uma tendência apontada: negar o digital será fatal ao negócio.

Outro ponto destacado pela pesquisa é a necessidade suprema de personalização. Customizar é o novo mantra da empresa que quiser cativar e manter clientes, no que a TI pode entrar com soluções que permitam tanto a análise correta para entender a demanda quanto o desenho adequado de cada oferta.

Ligado a esta tendência, outro apontamento do estudo é a importância do investimento em soluções de Analytics, para estar a par do mercado e da concorrência. Big Data, Cloud Computing, BI, CRM e afins: essa é sua hora de brilhar.

E se a ordem é entender o consumidor, a expressão-chave é “customer experience”. A TI terá de entrar diretamente no campo da oferta, auxiliando no desenvolvimento de produtos e serviços que melhorem a experiência do usuário para assegurar sua conquista e fidelidade à empresa.

Fidelização também é outra tendência apontada pela Forrester Research, que propõe substituir “fidelizar” por “engajar”. A ideia é que as companhias sejam cada vez mais interativas com seus clientes, contando, é claro, com a TI para fornecer ferramentas que melhorem esta comunicação.

Pensar no consumidor deverá permear toda a empresa, incluindo todos os setores operacionais. Esta é outra tendência apontada pelo estudo, na qual a TI precisará contribuir com soluções para cada área, facilitando a vida da gestão ao financeiro, passando pelo chão de fábrica.

Finalizando, a Forrester destaca que, para o cliente, tudo isso importará muito, mas não servirá de nada se o fornecedor não lhe garantir privacidade. Faz sentido, já que estamos falando na circulação de um volume altíssimo de informações. Desta forma, as empresas precisarão pensar suas ofertas com base em usar os dados do usuário de forma eficiente e respeitosa, tendo na TI um alicerce para garantir tanto esta eficiência, quanto a segurança necessária.

A pesquisa não deixa dúvida: a TI é tendência fundamental para 2016, e estará no centro da estratégia de qualquer organização, pequena ou grande, que mire resultados competitivos. Agora é pensar em como alinhar tecnologia e negócio para entender e atender o cliente, garantindo geração de valor. Missão dada!