Leandro Alves, gerente de Contas do Grupo Binário
Leandro Alves, gerente de Contas do Grupo Binário

Há muito tempo, um amigo me falou uma frase: “Em tempos de crise temos que investir em conhecimento.” Em todas as esferas do nosso governo, com o ajuste fiscal em pauta, não há espaço para desperdícios e quiçá investimentos secundários. Assim, se pensarmos bem, a única forma de sairmos bem preparados de uma situação de austeridade é investirmos em conhecimento para otimizarmos os recursos com a utilização das melhores alternativas tecnológicas disponíveis e, consequentemente, reinventarmos os processos.

Pois, para esse novo mundo, o tempo é nosso recurso mais precioso e deve ser priorizado.

Não é de hoje que o poder judiciário vem perseguindo a meta de redução dos prazos processuais. Nossos juízes são ágeis – produziam em 2011, em média, 1.616 sentenças por ano contra 397 dos juízes portugueses. Mas, são poucos: temos 8 para cada 100mil habitantes contra 19/100mil hab. em Portugal. Que os auditores fiscais precisam fiscalizar uma massa maior de entidades e cidadãos, sabemos. Que a arrecadação de impostos precisa ser o mais ágil e segura possível para evitar impacto na produção, também.

Poderíamos citar inúmeros exemplos de como a celeridade e a segurança são importantes para um melhor ciclo produtivo e a geração de recursos para não apenas deixarmos esse cenário de forma mais rápida, mas também sairmos mais preparados para o enfrentamento no mercado global.

Mas, a dúvida sempre recai sobre como praticar esta filosofia. Como realizarmos essa tão sonhada otimização com um mínimo aceitável de erro? Não há outro remédio senão o conhecimento. Hoje existem tecnologias de infraestrutura de TI que são estáveis o suficiente para suportar esta carga, porém não há tecnologia infalível e por isso, tudo deve ser continuamente suportado e estudado.

Um grande exemplo é a nota fiscal eletrônica (NF-e) que em sua lista de benefícios no site do ministério da fazenda cita:
· Redução de custos de impressão;
· Redução de custos de aquisição de papel;
· Redução de custos de envio do documento fiscal;
· Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
· Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF;
· Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;
· Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B);

E a lista continua.
Considerando estas premissas, os órgãos governamentais não deveriam ficar inertes pelo fato de estarem sem orçamento nesse período, pois destes momentos é que afloram verdadeiras oportunidades. Empresas capazes de não somente suportar estes ambientes, mas que investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e estão sempre preparadas a se reinventarem quando o terreno firme ameaça erodir. Na área de TI, essas empresas não desaparecem e nem surgem com crises. São elas que ficarão ao lado destes órgãos trabalhando a fio para descobrirem juntos as melhores soluções para chegarem à otimização do uso de recursos.

Todo o cenário considerado, será que não está na hora do conhecimento? Convidar os verdadeiros parceiros para desenharem soluções ótimas. Trabalhar com afinco no sentido de compreender o que poderia ser realizado em termos de infraestrutura de TI para que falhas e lentidões desapareçam principalmente em um cenário de recursos escassos. Acredito no país, mas não baixemos nossos objetivos, nós somos gigantes e quando superarmos tudo isso devemos poder dizer que este período foi uma fábrica de oportunidades.

Fontes:
http://goo.gl/xI0x1Z
http://goo.gl/jh30wV
http://goo.gl/96PK2N