Hélio Noronha, gerente Comercial do Grupo Binário.
Hélio Noronha, gerente Comercial do Grupo Binário.

Embora o conceito de Big Data Analytics ainda engatinhe no Brasil, com poucas empresas adeptas de estratégias consolidadas no assunto, um estudo da Frost & Sullivan provou esta semana que esta realidade está mudando.

O relatório Strategic Analysis of the Brazilian Companies Investments in ICT, feito com 313 empresas de diversos estados, demonstra que ainda este ano mais de 34% das corporações do país investirão, ainda que inicialmente, nesta tecnologia.

Conforme os especialistas da F&S, as companhias revelam cada vez mais interesse na adoção de Big Data Analytics e outras tecnologias que há pouco atraíam menos empresas, como cloud computing, mobilidade e serviços de telecom.

Entretanto, é importante ressaltar que o quadro é futurista. Tudo deve andar a partir deste ano, com incremento de usuários de Big Data Analytics até dezembro próximo, mas, por ora, somente 10% dos empresários entrevistados pela consultoria dizem utilizar a tecnologia ou ter iniciado uma estratégia para adotá-la.

Em contrapartida, os adeptos à computação em nuvem só fazem crescer – inclusive, estas soluções ficaram à frente do Big Data Analytics no quesito “prioridade dos CIOs” do estudo.

Em muito, a demora na aceitação da nova tecnologia depende, segundo os consultores da F&S, à falta de compreensão sobre o tema. Para muitos, Big Data ainda é um termo difuso, que se confunde com BI ou CRM (já abordamos as diferenças entre estes tipos de software em post aqui do blog, confira). Além disso, os fornecedores da tecnologia, na busca por diferenciais e approaches competitivos, assumem discursos diversos sobre o conceito, dificultando o entendimento do mesmo.

Some-se a isso que a mão de obra especializada nesta área é escassa e talvez tenhamos um quociente que explique porque 35% dos ouvidos pela Frost&Sullivan disseram não ter a menor intenção de aderir ao Big Data antes de 2018.

Se você estiver neste grupo, é bom atentar para o fato de que ficar de fora do Big Data, ou da vertente Analytics, pode coloca-lo em posição confortável momentânea, já que obedece às estratégias e roadmaps de TIC que você já tem planejados, mas no futuro próximo pode deixa-lo atrás da concorrência.

Isto porque – e aqui não estou contando novidade alguma – o mercado torna-se a cada dia mais competitivo e a cada nova onda tecnológica, mais equipado na acirrada disputa por resultados, seja para sua empresa ou, principalmente, para seus clientes.

Surfar na onda do Big Data trará um arsenal de dados que, se aliado a soluções bem escolhidas, filtrará conteúdos que maximizarão a tomada de decisões nas áreas mais estratégicas de seu negócio. No mundo do “tudo para ontem”, análises em tempo real cairão muito bem, certo?

Se você ainda não começou a pensar nisso, comece. Estude o mercado, avalie as soluções e fornecedores adequados a seu perfil, porte, segmento e orçamento, e não esqueça de dar uma boa olhada nos usuários destas tecnologias. Pesquisar experiências de uso e resultados trazidos pode ser o melhor guia para sua decisão de quando, como e em que ferramenta de Big Data investir.

Tome seu tempo, não é necessário se afobar e sair por aí comprando um conceito porque a consultoria diz que ele está em crescimento. Mas é preciso, sim, notar que se os analistas de mercado indicam isso, é porque há um movimento acontecendo, e que acompanha-lo da forma mais adequada a sua realidade será a melhor maneira de manter seu negócio atualizado, inovador e saudavelmente competitivo.

Fontes:

http://goo.gl/8eTqUi

http://goo.gl/5WaBe0

http://goo.gl/s68M7L