Luiz Fernando Kasprik é gerente de divisão do Grupo Binário

A consultoria A.T. Kearney apresentou no seminário ConvergeTec, alguns dados específicos sobre o mercado brasileiro, como a previsão do nível de investimentos no backhaul fixo e no backhaul móvel.

Entre 2012 e 2014, a A.T. Kearney estima que as operadoras brasileiras gastem de 40% a 65% acima do trendline somente nessas infraestruturas. O motivo é a explosão da demanda por dados fixos e móveis. No Brasil, o tráfego de dados nas redes de transmissão cresce quase duas vezes mais (1,8) que na Europa, por exemplo. Entre 2012 e 2015, esse aumento deve ser de 53%, com as redes móveis movimentando mais de 190 petabytes por mês em 2015, enquanto nas fixas serão 1.687 petabytes por mês. (Fonte: TI Inside)

Esta é uma constatação numérica de uma parte das questões que vínhamos levantando e debatendo nos últimos meses. É absolutamente necessário que se faça investimentos em infraestrutura no Brasil, independente dos cenários de Copa do Mundo ou Olimpíadas. A demanda reprimida e as novas necessidades dos usuários são prementes e latentes. Existe uma receita gigantesca contida nisso.

Outra questão interessante abordada na pesquisa é o modelo de negócios para isso. Com certeza financiar caixas e exportar pessoas no pacote não é a solução mais razoável. Precisamos buscar equilíbrio nessa relação junto às entidades regulatórias, vendor’s e operadoras.